Não somos um País de corruptos, somos um País corrompido

Não somos um País de corruptos no sentido em que a esmagadora maioria dos cidadãos portugueses não é corrupta. Mas somos um País corrompido no sentido em que as instituições públicas estão em muitas matérias essenciais capturadas por interesses particulares que têm um acesso desproporcionado aos decisores. 
Portanto, é um País corrompido no sentido em que o parlamento, que é eleito para legislar em defesa do interesse comum, em muitas matérias essenciais e com grande relevância económica, legisla em defesa de interesses particulares. E o Governo não protege o interesse comum, mas os interesses particulares em muitas matérias. 
Resumindo: não é um País de alma corrompida, mas o corpo está corroído pela corrupção.

António José Vilela in Sábado

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