Parei de pentear os cabelos à beira-mar

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Gosto de escrever, sempre o fiz desde que o aprendi a fazer, mas falar é do que preciso.
Tenho-me sentido mais feliz com palavras ditas do que com palavras escritas.
A palavra escrita não me está a fazer bem. Perdeu a capacidade de me exorcizar para se instalar indelevelmente como um incómodo repetitivo e autista. 
As mesmas letras, as mesmas palavras de sempre, os mesmos lamentos.
Parei de pentear os cabelos à beira-mar em canto de melancolia.
Levantei-me e fui embora.

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