Saldos, nem um frémito, nem uma comoção
Percorri loja a loja em busca da peça perfeita. Nada em particular. Nada que precise. Apenas a contínua e incessante busca por mais uma peça de guarda-roupa que me acentue a individualidade, mesmo sabendo dessa impossibilidade, pela globalização da moda.
E o que senti foi nada.
Nem um frémito. Nem uma comoção
O fascínio esvai-se perante as toneladas de roupa, cópias vulgares dos grandes estilistas.
Tudo me parece falso e gratuito: o elastano, o poliéster, o tafetá e até mesmo o algodão.
E quanto mais tento torná-lo real, experimentando em mim a vulgaridade dentro do provador, mais falso me parece. Observo-me ao espelho vestida de nada.
Deixei ficar a vulgaridade na loja, e levei para casa a minha singularidade.
O fascínio esvai-se perante as toneladas de roupa, cópias vulgares dos grandes estilistas.
Tudo me parece falso e gratuito: o elastano, o poliéster, o tafetá e até mesmo o algodão.
E quanto mais tento torná-lo real, experimentando em mim a vulgaridade dentro do provador, mais falso me parece. Observo-me ao espelho vestida de nada.
Deixei ficar a vulgaridade na loja, e levei para casa a minha singularidade.
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